Arte e mobilidade

Mais do que uma série de oficinas e exposições, o Networked Hack Lab é um espaço-conceito que fará a estruturação de um laboratório para a difusão e a experimentação de linguagens audiovisuais e suas aplicações em aparelhos móveis. As ações se desenvolvem de agosto a dezembro de 2011 nas cidades de Cachoeira e Salvador, na Bahia, e integram o Programa Vivo Lab, iniciativa cultural da Vivo que apóia projetos de arte, tecnologia digital e experimentação de linguagens em todo o país.

No Networked Hack Lab oficinas e exposições usam um conjunto de tecnologias e processos que vinculam imagens, sons, textos e produtos audiovisuais a lugares específicos através de aparelhos GPS, redes sem-fio, dispositivos Bluetooth, laptops, câmeras digitais, aparelhos de celular e tablets. Para Rodrigo Minelli, coordenador artístico do projeto, o Networked Hack Lab nasce da percepção que as tecnologias são cada vez mais acessíveis e potentes, mas continuam a ser usadas de forma limitada, como foram concebidas pela indústria, sem explorar suas outras potencialidades: “Celulares são verdadeiros microcomputadores que muitas vezes as pessoas usam só para fazer ligações.”, diz Minelli.

O projeto entende que a arte, em todas as suas manifestações, vem há algum tempo se apropriando da tecnologia para criar novos espaços e plataformas de interação e intercâmbio artístico. A ideia de criar espaços para a produção colaborativa de arte eletrônica alinha-se com a de vários grupos que, no Brasil e no mundo, mantêm seus hacklabs, centros de aprendizado e troca de conhecimento entre as pessoas, promoção, uso e desenvolvimento de tecnologias criativas.
Na Bahia, o Networked Hack Lab une os conhecidos trabalhos e talentos locais com as possibilidades tecnológicas e criativas da arte eletrônica e propõe novas leituras do uso do espaço público e de uma nova possibilidade de inclusão digital.

Inscrições até 25 de agosto: http://hacklabbahia.com.br/