O fotógrafo paulista Cristiano Mascaro tem na arquitetura das cidades
 um dos eixos fundamentais  de sua obra. Isto também se explica por sua 
formação – na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de 
São Paulo (FAU-USP), entre 1964 e 1968 -, mas tal processo vai se 
apurando ano após ano.
Da sua atuação como repórter fotográfico na revista Veja, nos anos 
1960, Mascaro ainda guarda certa pulsão do fotojornalismo pelo 
inesperado, mas seu olhar tem mais a ver com o que se esboçava na sua 
primeira individual, certeiramente intitulada Paisagem Urbana, em 1974, 
na galeria paulistana Enfoco.
Dois anos depois, o fotógrafo realiza um ensaio especialmente para a 
Pinacoteca do Estado, abordando dois bairros contíguos ao museu: Bom 
Retiro e Luz. Depois, em 1981, Mascaro faz outra individual no espaço, 
Ninguém ensina o que não sabe. Entre os principais nomes que o 
influenciaram neste início de carreira, estão Henri Cartier-Bresson 
(1908-2004), André Kertész (1894-1985), Robert Frank (1924) e Sergio 
Larraín (1931-2012). São Paulo, cidade onde vive sempre foi central em 
sua obra. “Há uma diversidade, uma mobilidade, cenários variados. Você 
fica parado em uma esquina, e as coisas acontecem à sua revelia” dizia 
ele em 2008.
Mascaro é Mestre e Doutor pela USP, ganhador de uma Bolsa Vitae de 
Artes e de 3 Prêmios Abril de Fotojornalismo. Em 2006, participa como 
arquiteto homenageado da VI Bienal Internacional de Arquitetura e Design
 apresentando a exposição O Brasil em X, em Y, em Z e em 2007 recebe o 
Prêmio Especial Porto Seguro de Fotografia pelo conjunto de sua obra. Outras informações e fotos no novo site:
 

