Chega
à quinta edição a MOSTRA INTERNACIONAL DE PORTFOLIOS, uma
parceria do Atelier Coletivo VISIO. com o Instituto Sacatar
e mediação da sua conselheira/ artista visual Eneida Sanches.
Esta
série de encontros tem como foco principal a apresentação do novo
grupo artistas que chega este mês à sede do Sacatar na Ilha de
Itaparica para residência por um período de oito semanas.
Eles
vêm de paises e culturas distantes objetivando a concretização dos
seus projetos e possíveis conexões com artistas locais.
Um
intercâmbio que pode gerar bons frutos a partir desta V MOSTRA
INTERNACIONAL DE PORTFOLIOS pautada
para o próximo dia
24 de Julho a partir
das 14h no Cinema do MAM com
entrada franca.
O
VISIO. desenvolve ações artísticas regulares sob coordenação
de Andrea May e tem agora o apoio institucional do Museu de Arte
Moderna da Bahia sob a direção de Marcelo Rezende para
apresentar à comunidade baiana os seguintes artistas convidados:
Anani
Sanouvi (Togo) – Dançarino e coreógrafo
April
Banks (EUA) – Artista Visual
Bisi
Silva (Nigéria) – Curadora
Mark
Greenfield (EUA) – Artista Visual
Mimi
Ng’ok (Quênia) – Fotógrafa
William
Wilson (França) – Artista Visual
A
programação deste dia incluirá ainda a exibição do filme inédito
"Street Dance Orixás" da coreógrafa
norte-americana e ex-residente do Sacatar Amy Campion.
A produção aconteceu durante sua estadia entre outubro e
dezembro de 2012 contando inclusive com a participação de artsitas
baianos.
Breve sinopse:
Breve sinopse:
"Das ruas de
Salvador a uma ilha de areia varrida pelo vento surreal e de volta novamente,
sete dançarinos de rua baianos encarnam poderosos Orixás através de um híbrido
de breakdancing, popping e movimentos de parkour. “Street Dance Orixás” é um
filme de dança que explora as conexões intangíveis entre as tradições da dança
Afro-Brasileira e formas contemporâneas de hip hop através de ritmo, movimento,
histórias e cores. Os Orixás manifestam suas qualidades divinas através de
acrobacias em corredores, “airflares” nas calçadas, movimentos de braços na
estação do trem e “footwork” em paralelepípedos, cada orixá em um local ligado à
sua tradição. Quando os orixás finalmente se unem no círculo de dança, eles são
imparáveis."
Serviço:
O
quê: V MOSTRA INTERNACIONAL DE PORTFOLIOS
Quando:
24/07/13, quarta-feira das 14h às 18h
Local:
Cinema do MAM (Avenida Contorno s/n, Solar do Unhão)
Acesso:
Entrada franca
Apoio
cultural: La Abuela
Mais
informações:
Conheça
um pouco sobre os artistas:
Anani
Sanouvi – Togo
O
aclamado dançarino e coreógrafo vem ao Sacatar graças à parceria
do Instituto com o Africa Centre, África do Sul. O artista
desenvolveu um método de ensino e criação contemporânea chamado
“AgamaFo” e está em processo de implementação de um programa e
laboratório de artes no Togo intitulado “The Tools of Wisdom”.
Além disso, ele tem colaborado com o Centro Cultural Kôré, no
Mali, para promover a consciência artística e social dentro e fora
do estúdio de dança. Em Itaparica, o artista pretende dar
seguimento a estes projetos, criando um laboratório de pesquisa
artística, vivenciando rituais e dando início a alianças para uma
futura ponte cultural entre a Bahia e o Togo.
www.kossianani07.wix.com/anani-sanouvi
April
Banks – EUA
A
artista visual conceitual norte-americana April Banks cria
instalações a partir de imagens/fotografias.
Seu
trabalho no Sacatar irá explorar uma narrativa de ficção sobre a
Diáspora Africana através de imagens construídas e manipuladas. A
residente espera obter respostas para algumas indagações que
surgiram após um teste de DNA feito por ela para descobrir suas
origens. “O que é ser afro-brasileiro, afro-americano, afro-cubano
ou afro-colombiano?”, questiona a artista. Desta forma, ela
pretende tentar preencher certas lacunas existentes entre ciência e
história, fato e memória.
www.aprilbanks.com
Bisi
Silva – Nigéria
Curadora
nigeriana com ascendência brasileira e o seu trabalho tem como foco
principal a arte contemporânea da África e a sua Diáspora. Embora
a residente se interesse pela arte performática, pintura e
escultura, as áreas que chamam mais a sua atenção são a
fotografia, o vídeo e a arte sonora. Durante a estada em Itaparica,
Bisi tem interesse em pesquisar sobre a presença Africana no Brasil:
sua história, cultura e especialmente a comida. “Quero saber como
o alimento é usado por artistas contemporâneos como forma de
vinculação com o contexto social, político e cultural de um lugar
e de um povo”, afirma a curadora. Ela pretende conhecer eventos da
comunidade em torno do alimento, bem como outros eventos e atividades
em torno da presença Africana no país.
Mark
Greenfield – EUA
O
artista visual Mark Greenfield trabalha com a identidade
afro-americana, especificamente tentando entender como os
estereótipos foram desenvolvidos e como eles afetaram a maneira que
os negros são vistos pelos outros. O objetivo de seu trabalho tem
sido provocar um grande mal necessário: o diálogo atrasado sobre as
questões raciais nos Estados Unidos. Durante a residência no
Sacatar, Mark pretende trabalhar conceitos que exploram os
indicadores mais sutis do estereótipo, em preparação para uma
exposição que realizará em Seul, Coréia do Sul, em agosto de
2014. O residente pretende também colaborar com membros da
comunidade local.
www.markstevengreenfield.com
Mimi
Ng’ok – Quênia
Fotógrafa
queniana, com formação em Belas Artes pela University of Cape Town,
África do Sul. A artista já participou de exposições em
Joanesburgo e Cidade do Cabo (África do Sul) Nairobi (Quênia), Atri
(Itália), Tarifa (Espanha) e Berlim (Alemanha). Em sua viagem à
Bahia, Mimi pretende criar um estúdio fotográfico móvel e
temporário para documentar membros da comunidade. A residente quer
encontrar pessoas em Salvador que tenham o interesse em ser o tema de
ensaios fotográficos, usando como adereços os elementos da história
de cada colaborador, assim como elementos culturais da Bahia. Ela
pretende buscar influência tanto no Barroco e na arquitetura
portuguesa quanto em manifestações culturais populares, como a
capoeira, o carnaval e o funk. As imagens deste projeto representarão
uma documentação da cidade, bem como narrativas pessoais.
William
Wilson – França – Artista Visual
Artista
visual francês cuja parte de seus familiares é natural da costa
oeste da África, de Gana até a Nigéria. “Muitos escravos desta
área foram trazidos para a Bahia. Então, desde 2005, eu decidi
concentrar o meu trabalho na cultura transcontinental do ‘Atlântico
Negro’, que surgiu com a colonização das Américas”, afirma o
residente. Este trabalho rendeu duas séries: “O Oceano Negro”,
que foi realizada no Benin, e “Vodoons”, que trata da relação
entre Europa e África. Durante a estada no Sacatar, ele pretende
conhecer a herança africana na Bahia - religiões, representações,
análises sociológicas, etc.-- e realizar a terceira série de seu
trabalho. Colaboradores interessados em ensiná-lo Português são
muito bem vindos.
www.williamwilson.fr/en